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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Tertúlia Escrever Escrever... dia 128 à noite!

Ninguém diria que uma pessoa como eu iria gostar tanto de uma tertúlia literária. MyLov uma vez mais me arrastou para uma sessão erudita de cultura, desta vez uma Tertúlia literária da Escrever Escrever.

O mote era que único livro e apenas um só cada um salvaria se na tragédia nos fosse dada essa oportunidade?

Reuniram pessoas espectaculares e de experiências de vida muito diversificadas, salvavam livros que lhes marcaram de alguma forma a vida, e diria até que lhes encaminhou vivências e com certeza as fez regredir ao passado que guardavam na memória.

Situando-me naquele grupo, que embora não sendo críticos literários lêem livros e namoram-nos falando deles com uma paixão que apenas posso observar, eu não leio regularmente e apenas me fiz de acompanhante do MyLov.  O improviso foi a minha estratégia para me enquadrar.

Não posso dizer que tenha uma ligação aos livros de tal forma que perdesse tempo a escolher um que me tenha marcado, mas provavelmente salvaria o que estava na cabeceira naquele momento, ou quem sabe só teria tempo de trazer a  Menshealth.

Ainda assim tive a oportunidade de falar a relação que tive com 3 livros, o primeiro que li foi de Mário Sá-Carneiro, Loucura. E neste caso senti-me um criminoso. O livro de que falo foi trazido de uma certa biblioteca em 1999 e até então encontra-se na minha estante. Claro que a risada total me deixou mais reconfortado, mas  certo é que impedi muitos de lerem este clássico de Mário Sá-Carneiro ou então também posso ter evitado que tenha apodrecido naquelas estantes.
Outro livro que me marcou foi “ um jantar muito original” de um pseudónimo de Fernando Pessoa, pelo sarcasmo e morbidez da história.
Outro livro que falei foi o “Diospiro”, um livro de poesias reunidas de Daniel Maia-Pinto Rodrigues, isto porque este poeta alarga-se na comédia de uma forma muito simples e banal.
Como por exemplo o poema que dá titulo ao livro:

Depois do almoço
quando arrastamos a cadeira
um pouco para trás
uma sonolência morna
entrelaçada de luz
entra pelas janelas
ludibria as cortinas
e difusa poisa no vinho.

É nessa altura que dizemos:
vou comer este dióspiro
antes que apodreça.

Resumindo, esta tertúlia fez-me ponderar que o que de facto gosto de escrever não são deprimências, embora assim me sinta em muitos dias ultimamente, renovou o meu estado de espírito na escrita, e a influência das pessoas novas e de outros que há muito fazem parte da minha vida me fizeram ver tal facto.


Que fique registado neste blog e no www que Tertúlias Literárias da Escrever Escrever podem, como os livros, mudar inspirações.

Accepted!!!


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