Acordo Ortográfico

Este blog não se rege pelo acordo ortográfico. Nem por qualquer regra gramatical.

Eu sou um nabo a portugês!? Português digo!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

New year our not!


Estamos no final do ano de 2014 e inevitavelmente fazemos uma retrospectiva do que se passou ao longo destes 365 dias… uma merda! Não devia ter feito isso! Mona a minha!

E o que se passou foi um ano maioritariamente de tragédias, infortúnios, stresses, agonias…

Claro que eu desejo que 2015 seja um ano melhor que 2014, de facto eu disse exactamente isso do ano de 2013 em relação a 2014 e que merda que foi!

Portanto, É meu desejo que o ano de 2015 se foda caso seja tão bom como 2014.

E falo em qualquer área da minha vida, seja profissional, seja pessoal… e o diabo veio, e escolheu os dois.

Dia de reis e a minha prenda foi ficar sem o meu kayak numa intempérie digna de ser comparada ao tsunami do Japão… arrasou a costa de Oeiras afundando-o e transformando o recuperado NELO num monte de destroços… 6 meses passados e deu a costa para por sal numa ferida que nunca sarou.

Fevereiro… ano de mudanças laborais… e a ansiedade é tal que eu exijo mudar… ou seja exijo levar um brutal pontapé nos colh****… mais um erro crasso. A vista privilegiada para o Castelo de São Jorge não colmata o intenso e fedorento cheiro de tabaco, vista de papeis intermináveis e o facto de ter voltado a ser tratado como se 15 anos eu tivesse.
Eu adoro mudanças… tendencialmente mudanças p’ pior.

Março, Abril e Maio… sou pedreiro de uma liberdade invulgar, Pseudo divórcio!? e um investimento que custou as minhas férias… no regrets but!

Junho, Julho, Agosto e Setembro passam, num verão que não queimou a minha pele decentemente, ao invés marcou-me com um sinal permanente no peito…  - para te recordar que 2014 foi o pior ano que tiveste até agora!

Outubro, quero voar de férias mas não posso, o IMI lembra-me que o meu lugar é na terra e que o volante com rodas que conduzes pode levar-me apenas a caminhos de santo em Novembro.

Dezembro… lamento o ano que tive… traço quase nenhum plano para o futuro… qui sait novas amizades, novos desafios… algo mais ousado… mas sem agenda!

Estou cada vez mais confuso e continuo cada dia mais inseguro. A crise de que tanto falei não passou e apoderou-se deste corpo que carreguei neste ano malfadado e sem qualquer graça!

Sempre rejo e a minha vida por objectivos e 2014 fez bem o trabalho em realizar todos e a dar-me consequências bem difíceis de engolir.

Não sei o que se passou mas facto é que eu sinto que a minha vida voltou a 2013… apago 2014 do mapa, esforço-me para isso mas não dá!

Assim que 2015 seja melhor para todos, eu farei de tudo para que o meu objectivo seja cumprido… na mesma sem calcular as consequências… porque a vida é um jogo, um caminho que conduzimos, não por desejos mas por acções…

Desta vez o meu objectivo vai ser não condicionar o meu ano com decisões ou planos… vou viver um dia de cada vez, e nesse apenas ver o que o dia seguinte me vai trazer, e só aceita-lo se valer a pena.

Não espero ter a epifania da minha vida ou das minhas emoções, não espero nem chegar próximo disso. Mas também não espero tragédias, infortúnios, stresses, agonias.


2015… Se fores tão bom como 2014… F***-**


sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Novo Blog, indeed...

Lamento, tentei… mas olho para uma folha em branco e a escrita já não flui no caminho do protesto, do escárnio ou da indignação da vida dos outros e da minha não menos vezes também.

Acho que escrever é tão bom quanto desabafar ao psicólogo… mesmo que escreva sobre o cabrão do maquinista de ontem por ter causado o caos no comboio, porque a greve que lhe assiste é o direito dele tirar o direito aos outros!

Hoje mais uma vez em que decido escrever no blog tenho vontade de deletar o texto todo e começar de novo, de clicar na cruz sem “save as”, puxar o cabo da tomada e ir. Passa um mês e as tentativas diárias têm um ritmo que explica como sou.

A vida é mais difícil especialmente quando se tem a noção de que nos foi dado a comer do fruto proibido, e que o bem e o mal ficaram tão claros para nós como evian.

Nada do que faço pode ser obducto, porque mora em mim. Sempre habitará… há quem consiga vomitar essa suposta maçã, mas mesmo que o declarem eu não acredito… no fim houve proteínas, nutrientes que se infiltraram nas nossas células e naquelas que só morrem no dia do enterro.

Escrever sobre o que me vai na cabeça e tão difícil que se torna um tormento. Dou por mim a querer ser quem não posso e a imaginar estar onde não consigo chegar.

Muitos falam em liberdade, e sobre o que a vida significa, e perco-me a imaginar como seria se eu me sentisse livre, realmente liberto.

Outrora falei que ser livre é um termo filosófico “…ser livre é fazer o que segue necessariamente da natureza do agente.” Spinosa. Mas a minha natureza obriga-me a fazer aquilo que não quero.

Como se sai deste modo!? Atitude, atitude, atitude…. Mas o que custa é a atitude que me envolve numa consciência travada por parênteses rectos… o que para uns parece simples não o é para outros e a consciência é uma coisa individual que não pode ser partilhada.

Continuo na procura de saber como se chega a dar o grito do Ipiranga, como se chega à emancipação própria e libertação dos complexos e dos compromissos, sentir-me completamente descomprometido, relaxado, descontraído… vejo que isso existe, mas eu sou como sou, sou a tradução da minha vida em pessoa ciente do bem e do mal cujo grito foi dado aquando da palmada do nascimento.

Resta-me olhar o para o futuro com uma perspectiva menos eterna percebendo que na realidade o melhor que há a fazer é ignorar toda a minha história criando uma nova… uma história que descreva o que sou de verdade.


A ajuda, divina ou não, tem de aparecer, eu vou esperar mais um pouco porque isto não pode ser eterno.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Crise dos novos 40

Hoje os meus pensamentos são menos deprimentes que os da última vez em que escrevi no blog, embora admita que não estou a passar a melhor fase da minha vida!

Estou a lutar para escrever alguma coisa que faça rir! 
Parece que ter um blog onde só se escreve uma vez por mês não dá o direito a título de bloguer!

Não estou a conseguir! Definitivamente parece que estou a deixar-me levar por uma crise que chegou 10 anos mais cedo!

Sim a crise dos quarenta… e de certa maneira pode ser isso! Não dizem que os 40 são os novos 30!? Assim está explicado! Os meus 30 são os velhos 40!

O desejo de ter um bom carro, ou uma mota, não são sintomas que eu associe à crise porque estes são desejos meus desde a adolescência! Casa nova, grande e luxuosa não é sintoma também porque eu quis ser arquitecto… nenhum arquitecto quer viver num lugar “qualquer”!

A aparência, roupa nova… são coisas que vou tendo e trabalhando… embora a barriga de cerveja seja uma obrigatoriedade no meu visual! Not!

Então esta crise de meia-idade antecipada só pode ter uma justificação! O que será!? Eu sei mas não vos vou dizer!

Agora o que me lixa neste processo todo é que a crise pode durar quase tanto quanto o programa de resgate nacional.

Dou por mim a ouvir Westlife no youtube, enquanto faço mapas de previsões… a querer ficar no meu mundo dentro de um garruço ao lado da Dona Lia quando ela freneticamente quer a minha atenção…

Isto não serve para justificar nada, mas a minha vontade é dar o grito do Ipiranga, efectivar a emancipação própria, libertar-me dos complexos e dos compromissos, sentir-me completamente descomprometido, livre, mas não sei de quê nem de quais ao certo!

A cena de uma crise ou de uma depressão sem motivo é muito mau porque não há como arranjar solução para um problema específico, mas há que reagir! Tenho de reagir!

REAGIR… É ISSO!?!?

Vou sair agora mesmo do trabalho e vou fazer um test drive ao Porsche Panemera…

…depois logo se vê! 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Hoje já é sexta...

Porque a vida não é só coisas engraçadas ou pensamentos estapafúrdios hoje decidi desabafar!

Tenho escrito textos com a tentativa de fazer esboçar sorrisos nas pessoas mas esta semana tudo tem sido diferente… deve ser do tempo.

Tal os níveis de stress que até o meu cabelo cresceu abruptamente! Já tentei ir corta-lo mas um certo shopping substituiu um cabeleireiro unissexo por uma tosquiadeira de ovelhas!
Tenho de procurar uma barbearia porreira na capital… aceitam-se sugestões (susceptíveis de serem aceites… não corto o cabelo por mais de 13€)

Com este esbarrar na dita oficina de tosquiar os meus níveis de irritação passaram para o lado do autismo!

Creio que não haverá ninguém que possa dizer plenamente que a vida se escreveu de uma forma perfeita para si… e que voltaria a fazer tudo da mesma maneira!

Sei também que maior parte das vezes torna-se impossível mudar o que quer que seja na nossa vida mesmo que tenhamos a força de vontade necessária! Existem demasiados constrangimentos que o impedem.

Odeio o que faço! Que raio faz um tipo que sempre odiou números, a escola, o português a trabalhar numa secretária cheia de papelada!?
Estou numa fase da vida em que olho em volta e só me apetece mandar todos p’o car*#$%!

Achei que mudar de funções pudesse melhorar ou minimizar os maus-tratos que eu próprio tenho infligido na minha mente e intelecto, mas não.

Foi pior a emenda! E é neste limbo entre o orgulho e o conformismo que me deparo. Muitas vezes desespero esperando que um sinal divino recaia em mim novamente.
Mas não… só mais papeis… ou documentos… eu chamo-lhes merda!

De facto há sempre uma vós a dizer que há vidas piores que a minha e as pessoas vão superando… é verdade!
Mas é nesses casos (há portuga… do que “podia ser pior“) que eu ainda me atormento mais! Será possível que eu também tenha que processar as vidas dos outros e torna-las meus modelos!? Tenho trabalho sim e daí! Não me posso queixar!? vão pó ... sorry.  

Penso demasiadas vezes em abandonar tudo, menos a vida! Essa custou-me tanto a manter que seria uma ingratidão comigo próprio.

Depois e enquanto durmo tento resolver todo o arquivo mental agrupando as ideias com a esperança que quando o despertador tocar, e eu acordar, tudo tenha passado para trás, mas não! São 9h e estou a picar o ponto na minha secretaria cheia de merda.


No meio de todo o mal! Hoje é sexta feira e amanha já é sábado! 

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Pseudo assalto

Fiquei com a ideia me cruzei com um gatuno que me assaltou em 1987 quando andava no infantário… quase de certeza que era aquele gajo…

Isto numa viagem de comboio rotineira e entediante a caminho do trabalho, com uma soneira dum tamanho indescritível, levou-me a pensar como seria se fosse assaltado nestes dias…

Foi aí que dei uma gargalhada como se de um lunático se tratasse… todo o comboio ficou a olhar para mim achando que eu estaria com algum problema.

A verdade é que eu imaginei a cena ridícula se o carteirista corresse com a minha pasta pelo comboio afora cheio de stress para sair na próxima estação… a suar de desespero e desaparecer pelas escadas rolantes como se a Interpol estivesse atrás dele. Oh! Que asno!

E imaginei a cara de profunda desilusão quando abrisse a minha pasta…. Desculpem não consigo conter a gargalhada…

Assim o abafador de pastas da ZARA contabilizaria para si vários objectos de minha pertença a saber: uma tupperware IKEA com mais de um ano de uso onde no seu interior constava um cordon-bleu e meio para o meu almoço… um iogurte liquido do pingo doce no lavor de +- 25ctms, um sumo de frutos silvestres no valor de +- 40ctms, uma napolitana de chocolate uni-dose do Minipreço.
O meu porta-moedas com 62ctms e o meu telemóvel de 29€ comprado nos Indianos da Lycamobil. Um perfume equivalenza e um pacote de lenços de papel. Creio que o resultado seria a soma de toda a acção igual a desapontamento!

Eu sentir-me-ia mais leve e com menos um almoço!

Pus-me a imaginar caso ele me obrigasse a ir ao multibanco… e esbocei um sorriso gigante para não dar barraca novamente… mas não aguentei… para os meus companheiros de viagem eu tinha uma maleita cerebral.

Imagino a cara de espanto quando o pilho olhasse para a minha conta e com um rápido pensamento contabilístico percebesse que ainda teria de pagar I.Selo para transferir os míseros euros que apareceram no talão…

Aí estaria em maus lençóis e argumentei com ele dizendo que nesta conjuntura económico-social a actividade profissional que ele exercia estava sujeita a constante progressão pelo que ele deveria empenhar-se e ser mais ambicioso, deveria começar por se alistar num partido qualquer… comprar um fato e uma gravata.

Disse-lhe que na verdade eu já tinha sido assaltado naquele mês… com uma estratégia bem mais eficaz e agressiva que a dele…


Cheguei ao destino! Em nome da minha reputação social, o melhor é deixar de ler o recibo de vencimento enquanto vou a caminho do trabalho! 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Novo início - Pá e Vassoura

Novo início

Há muito que tinha saudades de escrever no meu blog…

Este será com certeza um novo início.


Pá e Vassoura

Nestes últimos dois anos a vida trouxe coisas tão divertidas que me esqueci de contar…

Uma delas é que me rendi ao facto de ter um animal de estimação… a Dona Lia… senhora essa (senhora cadela, entenda-se) que com um ano de idade faz com que aquilo que escrevi à 2 anos atrás seja verdadeira ignomínia á minha pessoa.

Sim porque para quem desejava não ter animais domésticos por já ter melgas, mosquitos e bichos da conta no quintal adoptou um que até à data pesa 40kg.

E não é bem ter um bicho da conta com 40kg… ou uma melga que te sugue 5 litros de sangue numa picadela.

Dona Lia é emoção… e leva-me a fazer coisas nunca antes pensadas por mim ou mesmo coisas que repudiava…

Descobri que o peso do animal é directamente proporcional ao peso do que defecam por dia… assim por 40kg são cerca de ½ Kg de bosta, sendo que executa essa tarefa umas 500 vezes por dia… recuso-me a abandonar estes rolos de desgosto pelo caminho mas não há sacos de plástico que aguentem….

Descobri que não há lugar a humilhação ao nos abaixar-nos para apanhar os celebres presentes – esses presentes que nos são ofertados como se fosse tudo aquilo que merecemos – mas confesso que me sinto um pouco incomodado quando o animal se Bufa…  
Não tenho sequer nenhuma referência de vida ao que vivenciei da primeira vez que ouvi a dona lia, uma senhora, a conspurcar o ambiente. Puta!!

Nunca fiz tanto exercício na minha vida desde então… ter de esfregar o quintal de tanta mijadela… não é possível ela urinar apenas o que bebe no bebedouro… tem de ir á sanita beber agua…  de certeza que o faz!

Passear a Dona Lia é como levar à rua um crocodilo com um frango preso ao nariz… pula como um touro mecânico.
Não joga à bola… eu atiro a bola e depois… vou busca-la… ela não quer saber!

Creio que nunca fui tão bem recebido quando chego a casa desde que adoptei a Dona Lia. Com a vinda dela tiveram de sair os bichos da conta, as osgas, as cadeiras do jardim, a vedação…

Com 3 meses... tão queridinha!

Está sempre à minha espera, logo que abro a porta a vejo a ladrar ansiosa para eu lhe dar comida…

E este é o momento em que ela me olha… e eu  a olho… e os olhos dela dizem-me… tens mais um quilo de merda para ires limpar!

É melhor usares uma pá e uma vassoura!