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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Dia 33 e 34 - Consciência de mim

Vi publicada uma foto minha no facebook, um tesourinho que a minha mãe desencantou do baú... que me fez recordar como eu era naquela idade. 

Fez-me pensar ainda como a minha consciência estava naquele momento. Não sei precisar que idade tinha, acho que 15 ou 16 anos. 

Mas o que divago é na capacidade de conseguir controlar a minha mente, os meus sentimentos, as minhas emoções, numa altura difícil como é a adolescência. Fiz isso de uma forma tão profunda que me convenci de que tudo o que eu sentia naquele momento era errado. 

Pergunto-me muitas vezes como consegui isso... 

Fácil, para mim foi fácil. 
No entanto ficava nas escadas da escola e ver-me ao  longe,  no banco do átrio ali sentado, de perna cruzada, entre intervalos a conviver com a malta, a ouvi-los nas suas parvoeiras e conversas. Maior parte das vezes calado, com olhar vazio. 

Não me recordo com detalhe quando passei a estar mais introspectivo, acho que estava apaixonado.

Rever aquela foto, foi rever-me naquelas escadas, e sentir que não era ali o meu lugar. Foi abrir a porta à saudade. Às memórias. 

Por cliché, muitos dizem que não se deve olhar para o passado mas sim para o futuro. Eu faço isso, mas olho para o passado para perceber o meu presente e planear o meu futuro. 

Hoje em dia, vez por outra, também fico à distancia a ver-me ao longe, mas não me vejo já a olhar para o vazio...



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