Acordo Ortográfico

Este blog não se rege pelo acordo ortográfico. Nem por qualquer regra gramatical.

Eu sou um nabo a portugês!? Português digo!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Ortodooooonnnntiiiiiaassssss……

Uma moda do início do milénio foi de facto os aparelhos de ortodontia.

      Claro que eu tive de colocar um.
     
      Durante os primeiros meses foi um privilégio poder exibir os braquetes luzentes cheios de cores united colors of benetton…

      As dores, essas, eram ignoradas com a vontade de ter uns dentes direitinhos não por ser moda mas porque foi recomendação clínica…

      Claro que ninguém percebe que colocar um aparelho de ortodontia é de facto assinar um contrato de crédito numa financeira manhosa!

      Todos os meses pagamos uma prestação que tem sempre juros acrescidos numa variação mensal incompreensível… acabamos por estar agarrados a esta aplicação durante 24 a 36 meses e nunca sabemos se não temos de comprar novos produtos. Como arranjar uma carie que apareceu…

      Quando passa a paródia inicial vem a parte do suplício… as dores, algumas intensas, como quem levou um soco no queixo… deixam de ser ignoradas para fazerem parte de um dia a dia agonizante, há aquelas que insistem em ficar…

      Os “andaimes”, cortam os lábios como uma folha de papel que até a água faz arder. Fazem aftas tal que parecem crateras de uma bomba atómica.

      A dieta líquida ajuda mas pouco, chega a ser possível a colher tocar nos dentes provocando uma dor semelhante a um pontapé nos rins.

      As cores deixam de fazer sentido e à medida que os meses vão passando deixam de ser United Color para serem Black and white.

      Os ferros que se atravessam no esmalte são tais que parecem as linhas eléctricas na Rua do Arsenal.

      Ainda há aquilo que chamam de pequenas cirurgias que só devem ter esse nome porque se tratam de dentes… no fim são grandes etapas de recuperação.

      No fim desejo que as obras terminem e que quem quiser pôr aparelhos de ortodontia se lembre que isso é coisa do século passado.     

sexta-feira, 23 de março de 2012

Jogos Sem Fronteiras

Quem diz que vir ao hospital é uma dor de cabeça desengane-se… na realidade, quem diz isso não compreende a oportunidade que tem. Participar num desafio e candidatar-se ao grande prémio final…

Não há dúvida que os hospitais foram concebidos para pressuporem um grande jogo que junta tantos tabuleiros como o labirinto; o quem é quem; as diferenças num só peddy-papper. 

Os concorrentes esses chegam sempre sem saber nada… Trazem muitos papéis mas nunca compreendem o que está lá escrito… a bem dizer, é aí que o jogo começa.

Ao chegar ao portão principal, seja qual for a entrada ignoram o Árbitro Mor que acciona a porta automática como quem diz: ATENCIONNN; RÉÉ; PIIIIIIIIII…

Todos os concorrentes freneticamente começam a etapa inicial que passa por retirar o maior número de senhas e juntar as cores todas que encontrarem… sejam rosas, azuis, verdes, amarelas, o importante é que tenham todas as cores com o número mais baixo possível.

Depois cada um segue para o lado que estão virados procurando entender a que piso devem ir. Juntam as senhas aos papéis e o real peddy-papper começa… claro que as etapas tem dificuldades, mas em cada piso há locais onde cada concorrente pode pedir o próximo Check-Point.

No check-point também se procura dificultar fazendo perguntas difíceis como: “Tem o seu cartão de utente? Como se chama o médico que o segue?” As respostas são variadas dando várias hipóteses e assim se juntam os pontos que no final dá o grande prémio…

Há os indignados com o tempo que têm de esperar em cada check-point, mas faz parte das regras… é um jogo de pressão… juntam mais pontos os que aguentarem mais horas sem reclamar…

Depois vem a parte do labirinto… ao circularem dentro das instalações desenhadas para o efeito perdem pontos os que entrarem em locais proibidos ou que se enganem no gabinete de consulta.

Perdem pontos os que querem ir para um serviço localizado no piso 3 e entreguem os papéis e as senhas no  piso 2.

Para este jogo recomendo que venha cedo, de preferência a partir das 6 da manhã. Traga calçado confortável, roupa desportiva e uma bucha… nunca se sabe se as amarelas passam com o café instantâneo e as bolachas Maria…

O jogo termina se o concorrente desistir ou se por alguma razão os papéis e as senhas não corresponderem à chave secreta.

Ganha o concorrente que se livrar dos papéis nos check-points correspondentes com sucesso e que lhe seja dada a oportunidade de voltar a jogar novamente… quiçá daí a um ano!

Íctio, o cabrão…

E se o ictio fosse homem e saísse de dentro daquela bola de vidro e aparecesse para conversar!?
            Tenho umas boas para lhe transmitir…
            O íctio merece ser espancado…  
            Supostamente uma alma tranquila não merece ser atacada por um bando de bolas brancas que a única coisa que sabem fazer é pintalgar tudo e padronizar a pobre alma.
            E não bastou chacinar um… depois larga a presa e vai-se… some-se no liquido que ele próprio infecta e nem com Sonasol o gajo desgruda do cristal.

            Tenho uma vaga ideia que a aquariofilia não é para mim… é quase tão irritante como ir ao mecânico… falam para mim mas eu não entendo e acabo com tudo ao contrario… e tudo tem solução basta pagar mais que o valor comercial da criatura.

            É o ph da água, a água de ph tal… usa Luso, usa Carvalhelhos, deixa a agua dormir… mede a temperatura… tem filtro? E termómetro? É de água quente!? O peixe não está num SPA!!!!! Não vai para terapia numas Termas!  
           
            Independentemente do aquário Bola parecer uma experiencia cientifica o Íctio insiste em participar na investigação. E vem a próxima cobaia e ele mantêm-se perto demais…

             Mas eu gostava mesmo era de espancar o Íctio pessoalmente. E encaminha-lo para um sítio…
            Diria mais: O Íctio é um verdadeiro cabrão…

quinta-feira, 22 de março de 2012

INÍCIO


Nada melhor que de início começar pelo princípio…

Este blogue tem a finalidade de divagar sobre assuntos. Coisas engraçadas outras sem tanta piada assim…

Vou falar de tudo um pouco, mesmo daquilo do qual não tenho absolutamente nada a dizer.

Começar este blogue pelo início significa mostrar alguns textos que escrevi… começo pelo último!

91

___________

91
91 pode muito bem ser o número de um carro de rally, o número da porta de um prédio, pode ser só 91, ou três meses, entre Abril e Junho… pode ser o conjunto para um resultado 10 ou um resultado de 8.
Mas este 91 é diferente… diferente de 90 e que com certeza com menos força chegará a ser um 92.
São dias, anos e passagem de séculos, uma grande guerra, um casamento, felicidades, e tormentos, o glamour dos anos 40, 50 e 60, filhos, netos e bisnetos.
O mar deixou-lhe marcas… mas trouxe sempre a bom porto a alegria…
Agora são 91 a viver para os descendentes, carregada de memórias de uma vida que enfurece pensamentos, desmonta realidades. “Perversa” é capaz de organizar forças nas palavras promovendo uma falsa tranquilidade nos outros… 
Sempre inquieta, mas quieta, exercita a mente como quem escreve um livro, publica um texto, articula palavras, constrói frases, rima, explode sentenças… quase se engasga… é a sopa que num ritmo alucinante engole com receio que amanhã deixe de ter esse prazer.
Se pudesse voltar teria 19, sim também podia ser 19…